terça-feira, 12 de setembro de 2017

Síndrome de Burnout #setembroamarelo #depressao #ansiedade

Olá! Sou a autora Renata R. Corrêa e hoje quero conversar com vocês sobre um assunto muito sério: a Síndrome de Burnout. Também quero fazer alguns esclarecimentos sobre minha carreira de escritora e falar do meu próximo romance "Um ano sabático" que será lançado em ebook na Amazon, dia 30 de setembro de 2017.
Em setembro celebramos o "Setembro amarelo", um mês de combate  a depressão. E não a toa escolhi este mês para lançar meu novo livro, porque ele aborda a "Síndrome de Burnout", uma doença cada dia mais comum, mas ainda pouco falada.
Vocês poderiam me perguntar: "Mas já vai lançar outro livro? O As coisas não são bem assim não acabou de ser lançado?".
Então gente, o meu romance "As coisas não são bem assim" publicado pela editora Pandorga, realmente foi lançado há pouco tempo, meados de junho deste ano. O "Um ano sabático" já estava pronto, estava passando por revisão e eu pretendia publicá-lo em dezembro, mas daí a Amazon anunciou o segundo Prêmio kindle de Literatura e como acredito que o tema do meu livro é relevante, além de a história estar linda, quis muito poder inscrevê-lo para participar do Prêmio Kindle, mas as inscrições terminam em outubro. Com a decisão de publicá-lo para concorrer ao prêmio tomada, escolhi setembro, por ser justamente este mês tão importante, quando o assunto são as doenças psiquiátricas.



A síndrome de Burnout, tema do meu novo livro, é caracterizada por um esgotamento físico e psíquico, decorrente da insatisfação com o trabalho excessivo e degradante, que gera insatisfação  também na vida pessoal e muitas vezes é acompanhada de sintomas de ansiedade e depressão. O termo Burnout vem do inglês e significa "Queimar", foi criado pelo psicanalista Herbert Freudenberger em 1974 ao diagnosticar  a doença em si mesmo e em colegas. 
Queimar... é isso que a doença faz: ela queima, destrói os sonhos da pessoa, tirando sua esperança e alegria de viver. De repente nada mais faz sentido, todas as escolhas tomadas parecem ter sido erradas e a pessoa se vê sem rumo, desanimada, cada dia mais infeliz. Profissionais da área da saúde, bombeiros, policiais, assistentes sociais, artistas, arquitetos/engenheiros, bancários, executivos, controladores de voo e jornalistas, estão mais sujeitos a ter Burnout.
Três características marcam a doença:
1- Exaustão física e emocional: dores musculares, cansaço extremo, desânimo, distúrbios do sono, solidão, raiva, impaciência, irritabilidade, mudanças bruscas de humor, sintomas depressivos como baixa auto-estima, raciocínio lento e desesperança.
2- Despersonalização ou ceticismo e distanciamento afetivo: a pessoa se torna ranzinza, irônica e negativista. E  a presença de outras pessoas se torna indesejada.
3- Baixa produtividade no trabalho: decorrente da insatisfação progressiva tanto na vida pessoal quanto profissional.
Aparentemente pouco se nota numa pessoa passando por Burnout. Mas quem a conhece bem, perceberá que ela já não é mais a mesma.
Estudos têm mostrado uma relação direta da doença com transtornos ansiosos, desenvolvimento de doenças crônicas como a fibromialgia, abuso de álcool e outras substâncias ilícitas, e até ideações e tentativas suicidas.
É uma doença grave. Precisa ser conhecida, falada, reconhecida e tratada.
Pessoas com sintomas descritos acima devem se consultar com psicólogo e psiquiatra, que poderão fazer o diagnóstico numa anamnese (entrevista clínica) e também poderão se utilizar de questionários para avaliar respostas psicométricas, baseados na Escala Likert. 
O tratamento consiste em: mudança no estilo de vida (descanço, relaxamento, descoberta de coisas que tragam alegria e entusiasmo), atividade física, psicoterapia e pode ainda ser aliado a medicações antidepressivas, ansiolíticas e medicações para dormir, geralmente prescritas por um prazo máximo de 1 ano (com redução gradual nesse tempo).
A doença geralmente é desencadeada pela busca excessiva pelo perfeccionismo, e por uma excelência muitas vezes impossível de ser alcançada. Há uma cobrança excessiva de si mesmo e um engajamento no trabalho que vai além dos limites suportáveis. O portador de Burnout mede sua auto-estima pela realização profissional.

Com a publicação de "Um ano sabático", cujo termo significa tempo de descanso para reflexão, espero ajudar muitas pessoas que estejam passando por situações semelhantes a da protagonista Rafaela, uma jovem fisioterapeuta que começa a se sentir infeliz tanto na vida pessoal, quanto profissional, até que um dia ela desmaia na clínica onde trabalha, é levada para um hospital e diagnosticada com Burnout. Na sua jornada em busca de si mesma, de sua recuperação e da felicidade perdida, ela redescobrirá antigos valores, perceberá a beleza da simplicidade da vida, voltará a fazer coisas que amava e conhecerá o amor verdadeiro. Espero que essa história seja inspiradora e desperte a esperança de que é possível recomeçar do zero  e voltar  a ser feliz.

Agradeço aqui ao psiquiatra dr Gustavo Resende Pereira, de Uberlândia-MG, que me deu esclarecimentos preciosos sobre a síndrome, tendo sido uma importante fonte de pesquisa para escrever meu novo livro.

Um abraço a todos!
Não percam o lançamento do meu novo romance "Um ano sabático" e conheçam meus outros trabalhos.
Contra todas as probabilidades (romance - publicação independente) 


Fontes para escrever este texto: