quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A gente leva da vida a vida que a gente leva


Olá pessoal! Faz bastante tempo que não escrevo, por muitas razões diferentes. Quem me conhece sabe que meu pai esteve doente e acabou falecendo, vítima de um câncer, há cerca de um mês. Outro motivo é que minha gravidez já está bem adiantada, estou grávida de gêmeos, com 34 semanas de gestação e este finalzinho tem sido difícil, fico muito cansada, não durmo bem a noite, o que me deixa com muito sono o dia todo, estou muito inchada, tenho que ficar de repouso, mas no mais está tudo bem.
Ontem estava conversando com meu marido e nós dois relembrando nossa trajetória juntos, comentando como a vida é cheia de fases e como elas passam rápido. Temos muitos amigos casados, outros solteiros e gostamos de observar como cada um leva a vida. Para muitas pessoas o amor é uma prisão. Percebo que muita gente tem medo de se relacionar de verdade, de amar, de assumir um compromisso por medo de perder sua liberdade. Honestamente, nunca achei que o amor fosse ou seja uma prisão, pelo menos não para mim. Nunca me senti limitada por estar ao lado de alguém, muito pelo contrário. Acredito que ser solteira (o) ou ser compromissada (o) sejam opções que tenham muito mais a ver com o momento que se esteja vivendo na vida. As duas situações têm lados bons e ruins. Ser solteira (o) é bom quando se é independente e se tem tempo livre e dinheiro para viajar, satisfazer seus desejos, ou quando se é muito jovem e o que se quer da vida é apenas aproveitar um dia de cada vez, sem ter que dar satisfações para ninguém ou ter que se preocupar se suas ações vão magoar ou desrespeitar quem pudesse estar com você. Mas também tem o lado ruim: chega uma hora que tanta independência e auto-suficiência são postas à prova e a solidão bate! Solidão é um sentimento que dói, deprime, angustia. Por outro lado, ser compromissada (o) ou mesmo viver com alguém também tem dois lados: ao mesmo tempo que provavelmente solidão será a última coisa que você irá sentir, pois sempre terá alguém com quem conversar, dividir as alegrias e tristezas, essa mesma presença constante de outra pessoa em sua vida pode te incomodar de algum modo. Eu nunca me incomodei de ter alguém ao meu lado. Eu gosto disso! Não acho que deixo de fazer nada de que eu gostaria por ser casada, mas vejo muitas pessoas reclamarem de que gostariam de ter um tempo só para si. Acho mesmo que isso varia de pessoa para pessoa, de relacionamento para relacionamento e tem relação com o momento da vida pelo qual se está passando. Minha dica é: tente entender o que é melhor para você agora. Se você quer ficar sozinha (o) e curtir a vida, não tenha medo! Mas também não tenha medo de se envolver. Para se viver de verdade é preciso coragem para fazer escolhas, para se permitir sentir amor, raiva, medo, alegria e até mesmo solidão! Viva! Viva sem receios. Como diz o ditado popular: "a gente leva da vida a vida que a gente leva", e só!

Um abraço e até mais

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